A vida é dura e “O Cheiro” memorável
Imperdível! Assim eu me meto a besta como crítica de cinema (aliás, o substantivo/adjetivo vem bem a calhar para muitos da categoria) e descrevo minhas impressões sobre “O Cheiro do Ralo”.
Selton Mello, como é de se esperar, não decepciona. Está incrível! Sua atuação como o protagonista comprador de quinquilharias vale o ingresso, os aplausos e todas as gargalhadas de doer a barriga.
Um ralo que fede e cria questionamentos existenciais, o caso de amor pela Bunda e uma relação de paternidade com um olho. Ápices que transformam cenas, diálogos e muitos monólogos em situações hilárias e até mesmo surreais.
Heitor Dhália, o diretor pernambucano, prova que faturas rasas podem desafiar a criatividade e render boas películas, mesmo na contramão do que se criou como padrões estéticos.
Irônico, pornográfico, escroto e por vezes non sense. O filme diverte, enoja, cativa, choca e assim mostra o quanto há de “surrealidade” no imaginário e no comportamento humano.
Só vendo para entender o porquê do imperdível.
E mesmo depois de tantos prêmios e bilheteria significativa, há muitos que ainda se metem a besta e insistem em torcer o nariz para “O Cheiro”, em colunas de (pré)conceitos arrogantes sobre o que é fazer cinema.
Em tempo: A cena de Lourenço, personagem de Selton, às lágrimas abraçando a Bunda, é simplesmente fantástica!
1 Comentários:
Quero ver! quero ver!
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